A civilização Dalakh[]
1040 anos atrás: A chegada de Dalaron em Anakh:[]
A história das atuais ilhas Dalakh começa com a chegada de uma frota naval vinda de um continente a Leste. Dalaron, um filósofo expulso de sua terra por ser um inconveniente agitador político, levou consigo alguns milhares de discípulos em uma jornada pelo oceano da qual apenas metade da frota inicial sobreviveu.
Ao chegarem nas ilhas Anakh (que na língua original do povo Dalakh significa “primeiro ao oeste”), Dalaron e seus discípulos aportaram em uma terra fértil e diversificada onde fundaram a sua primeira cidade: Dalkurama (“Vitória no Exílio”). Assumiram para si o nome de “Dalakhs”, que significa “Exilados ao oeste”, e recomeçaram sua vida.
Dalaron, mago filósofo, estabeleceu as bases do pensamento Dalakh que estruturaram sua sociedade e se mantém, na sua maioria, até hoje.
1040 a 960 anos atrás: As guerras de libertação[]
As ilhas Anakh possuíam naquela época (e até hoje, em parte), uma abundância de regiões e seres mágicos. Monstros e raças míticas povoavam toda a extensão das ilhas, e com vários deles, os Dalakh fizeram aliança.
Havia, porém, um grupo de monstros: elementais dotados de inteligência e iniciativa próprias (uma peculiaridade das ilhas Anakh), que seguiam um poderoso Orish chamado Daragoth, que vivia apenas para sentir o gosto do sangue humano. Até aquele momento, sua atenção fora voltada para criar exércitos e atacar Stergar, mas com a chegada dos Dalakh, ele passou a ter outras prioridades. Logo, a civilização Dalakh se viu forçada a enfrentar uma horda de elementais a serviço dos Orish.
Os Dalakh, um povo calejado pela dura viagem marítima, resistiu bravamente ao ataque das criaturas. Pouco a pouco, vencerem as hordas de Daragoth.
O fim derradeiro do Orish veio 960 anos atrás, quando Dalaron e sua esposa Anuara tombaram em combate, sacrificando-se para que os campeões de seu povo pudessem derrotar o Daragoth de uma vez por todas.
Esta batalha ficou conhecida como o embate de Faradrynn (nome do bosque onde o combate ocorreu), e é contada até hoje como um dos poemas épicos dos Dalakh.
O bosque de Faradrynn ficou conhecido como um local onde nenhuma criatura mágica têm poder, e foi muito usado para desmascarar influências externas que ameaçaram a civilização desde então.
960 a 780 anos atrás: A expansão de Dalakh[]
Após o fim derradeiro de Daragoth, os Dalakhs, revigorados pela vitória, estabeleceram novas cidades em vários pontos das ilhas Anakh. Rotas comerciais surgiram, caminhos foram desbravados, terrenos selvagens foram abertos para servirem de plantação, e as outras criaturas mágicas das ilhas foram paulatinamente roubadas de seu território.
Para evitar um confronto com estas criaturas, uma série de magos se uniu e se estabeleceram como mediadores entre os Dalakh e os seres míticos de Anakh. O círculo de Taranus, como foram chamados, foi criado inicialmente com o intuito de servir como uma embaixada para o mundo mítico. Estes magos, porém, desenvolveram tamanha lábia que usaram de sua diplomacia para auxiliar na expansão, e privar as outras criaturas das ilhas de seu território em troca de favores cada vez menores.
Assim surgiu a torre de Taranus, a universidade mágica de Dalakh, que se tornou com o tempo uma das principais armas do governo, fonte de grande status para seus membros.
As novas cidades que surgiam tinham grande autonomia e funcionavam, no geral, como cidades-estado. Conforme o tempo passava, e a influência das cidades crescia, conflitos também apareceram. A situação teria certamente levado a uma guerra civil se os magos de Taranus, 380 anos atrás, não tivessem usado da sua invencível diplomacia para mediar um acordo entre todas as cidades: a instituição de um governo central, e a coroação do primeiro Imperador e Imperatriz do recém formado Império Dalakh.
780 a 340 anos atrás: O Império Dalakh e o surgimento das Oranias[]
Por 440 anos, o Império Dalakh firmou-se como um grande centro de cultura e conhecimento no mundo conhecido. Foi neste período que a Imperatriz Auleena ordenou a criação da famosa biblioteca de Garvandras, que coletou e coleta até hoje textos e ensinamentos de todo continente.
Foi no tempo do império que os navegadores Dalakhs singraram os mares do continente e estabeleceram embaixadas nas principais nações, voltaram a Anakh com histórias de terras distantes, seus perigos e tesouros.
Foi nessa época que surgiu Taria, a primeira Orania.
Conta-se que Daragoth, do mundo dos mortos, planejou uma vingança contra o povo Dalakh, e para executá-la resolveu atacá-los onde eles eram mais fracos.
Um dos ensinamentos de Dalaron fora: “As crianças são a grandeza de nosso futuro, a alma de nosso presente, e as herdeiras do passado. Se quiserdes saber quem são sem máscaras, olhai para vossas crianças.” Seguindo esse preceito, a sociedade Dalakh chegou quase ao ponto de divinizar a infância. As crianças Dalakhs gozam da proteção máxima do estado, independente de sua classe social: todas são alfabetizadas, instruídas na profissão que queiram, ouvidas e aconselhadas por todos os Dalakhs.
Daragoth escolheu Taria, uma pequena menina, filha de Tertullion, um dos membros do alto conselho Taranus. Uma criança que já mostrava grande promessa mágica. A ela, ele concedeu o dom de ver o futuro. Não todo o futuro, mas apenas a parte que lhe interessava para desestabilizar totalmente a sociedade Dalakh.
O dom de Taria impressionou toda Dalakh. Ela previu vários desastres naturais que mais tarde se concretizaram, prenunciou ataques organizados de seres mágicos, e foi graças a suas premonições que os Dalakh puderam se preparar e defender de uma invasão do reino de Roveria.
Aos dez anos Taria já era conselheira pessoal dos Imperadores de Dalakh.
Certa vez, porém, quando brincava, acabou adormecendo no bosque de Faradrynn, e lá teve um sonho com Davnia. A Élion lhe contou a verdade sobre suas profecias, e lhe disse que se ela não as renegasse, logo estaria perdida para Daragoth, e com ela cairia o império.
Taria acreditou no sonho, mas não contou a ninguém. O próprio Daragoth lhe mandou visões que lhe diziam que se ela contasse sobre o sonho a alguém, ela jamais seria perdoada: eles a matariam. De fato, algumas vezes ela tentou revelar a verdade, mas sempre as profecias de Daragoth se cumpriam, com conseqüências desastrosas para a menina.
Dias depois, um imenso ataque de criaturas caiu sobre a capital. Os Dalakhs, pegos de surpresa, não tiveram tempo de enviar reforços para defender a cidade. Os generais não conseguiam se decidir quanto à melhor defesa. Todos se voltaram a Taria. Somente suas profecias poderiam salvá-los.
A visão lhe veio nítida: de onde viria o ataque, qual deveria ser a estratégia para defender a cidade. Ela sabia ser uma visão de Daragoth, mas ninguém jamais suspeitaria. Se ela contasse a verdade, naquela situação, certamente morreria.
Taria optou. Optou pelo seu povo, pela verdade, e pela morte. Contou-lhes tudo.
Neste momento, Daragoth, cujo poder sobre Taria era quase completo, possuiu o corpo da menina e atacou os generais de Dalakh.
Numa luta lendária, os generais e toda a guarda de elite Dalakh defenderam-se de Taria, protegeram-se de seus ataques. Tentaram restringi-la de todas as formas. Ninguém ergueu uma espada contra ela. O sangue de Taria não jorrou.
Vários caíram pela mão da menina possuída, mas os Dalakhs preferiam a morte a machucá-la.
Daragoth acreditou-se vitorioso, mas uma estratégia dos combatentes levou-o a lutar cada vez mais perto do bosque de Faradrynn. Quando conseguiram finalmente jogar Taria para dentro, Daragoth se separou dela. Assumiu uma forma espectral e lutou uma última vez com os Dalakhs. Todo o peso da magia e conhecimento Dalakhs foram usados contra ele, e o Orish foi vencido. Seu espírito foi jogado nas Trevas Exteriores, que existem além dos planos, onde só o desespero é real.
Quando os Dalakhs restantes voltaram-se ao bosque, lá estava Taria, caída, incólume, e ao seu lado: a dama dourada: Davnia.
Davnia lhes disse que por serem fiéis e honrados, por não terem erguido as armas contra uma inocente, mesmo em perigo da própria vida, a guarda Dalakh seria sua protegida, e jamais tombaria, enquanto fosse fiel ao mesmo princípio de Honra, e protegesse a inocência a qualquer custo.
Porque Taria havia escolhido a verdade, e ousado enfrentar os portões da morte, ela e sua descendência seriam grandes entre as magas, e seriam capazes de comandar os elementos como os maiores mestres.
Porque Taria se manteve pura até o final, ele abençoaria sua vidência, e a menina poderia manter o dom enquanto mantivesse a sua pureza.
Assim surgiu a primeira Orania de Dalakh. Taria manteve o dom de ver o futuro até o dia em que primeiro se deitou com um homem, mas suas filhas herdaram o dom, e as filhas delas, e as filhas destas também. As Oranias tornaram-se uma casta reverenciada de videntes em Dalakh, protegida a qualquer custo. Sempre pouco numerosas, mas só uma de suas visões é o suficiente para salvar milhares.
Com o tempo, as Oranias foram tornando suas visões turvas, cercadas de misticismo e simbolismo. Futuros antes preditos com nitidez passaram a ser proferidos com enigmas e mistérios. Ninguém nunca soube se elas estão gradativamente perdendo o dom, ou o fazem de propósito, mas Orania Clandra disse certa vez: “Você tomaria para si as dores de outra pessoa? Você desejaria que seu filho perdesse a fala? Da mesma forma, nós não desejamos as dores do mundo, e nem queremos que nossos filhos percam sua pureza. A pureza da humanidade é sua liberdade de escolha, e nenhuma premonição poderá lhes tirar isso”.
340 anos atrás: A revolução Dalakh[]
Aconteceu, porém, que o império era feito de pessoas, e pessoas são falhas.
Dalakh fora um Império altamente centralizador, com uma máquina estatal sempre crescente. As custas do estado começaram a ser insuficiente para sustentar todos os descendentes dos imperadores e imperatrizes. As exigências dos magos da torre de Taranus tornaram-se cada vez mais exóticas, e as Oranias passaram a concentrar uma riqueza impensável.
A comida começou a se tornar insuficiente, e os governantes, para se defenderem da crescente violência urbana, voltaram o exército contra o povo.
A revolução Dalakh começou com a traição da Guarda Imperial. Quando uma turba cercou o castelo Imperial, exigindo comida, o então Imperador Galaroth (conhecido como “o último”) ordenou que a guarda atacasse ao povo. A guarda recusou-se, e o imperador ordenou que o exército o fizesse.
A notícia de que a guarda imperial estava sendo atacada pelo exército foi a chama que faltava para acender o espírito da revolução na população Dalakh. Em uma única noite, o imperador e a imperatriz foram presos, a guarda imperial tomou o palácio, todos os títulos de nobreza foram destituídos e um novo governo provisório foi instaurado.
Os magos da torre de Taranus se dividiram. Uma parte defendia a idéia de atacar o castelo, destruir os revoltosos e instaurar uma magocracia. Outros, eram da opinião que eles deveriam se aliar ao novo governo.
Houve guerra também na torre de Taranus. Muito conta-se deste período sobre a história de Ordarion, o sumo-conselheiro da torre, e Iana, a esposa virgem, uma Orania com quem havia se casado, mas que mantinha o dom. Ordarion era o líder da facção que desejava instaurar um governo mágico, e um dos maiores magos de Dalakh até hoje. Se ele tivesse vencido a luta pela torre, a história Dalakh seria outra.
Mas Ordarion foi traído por sua esposa, que lhe deu uma previsão falsa. Baseando-se no futuro que Iana havia lhe dito, ele estabeleceu uma estratégia equivocada para acabar com sua oposição na torre e foi derrotado em seus aposentos pelos magos da facção conciliadora.
Iana morreu com seu marido. Ninguém nunca soube se ela realmente o traiu (a versão oficial), ou apenas se enganou. A história já foi encenada com os dois finais.
340 a 194 anos atrás: A república Dalakh[]
Após a Revolução, grandes pensadores da biblioteca de Garvandras foram convidados para fazer parte da estruturação do governo Dalakh. A república nasceu como um experimento sociológico, e sofreu diversas alterações essenciais desde sua fundação. No início, por exemplo, havia apenas uma assembléia que votava as leis e elegia os representantes executivos. A composição e os poderes do Senado também foram alvo de muita mudança neste tempo.
A república Dalakh teve grandes problemas com os governos de Stergar que nunca viram com bons olhos a formação de um governo não monárquico. Não fossem as Oranias, certamente as ilhas teriam caído a uma ou outra nação mais militarizada do que os Dalakh.
A forte aversão à república é o que levou os Dalakh a uma posição política cada vez mais isolada. O governo que no tempo do império era conhecido por sua abertura cultural, fechou os portos aos demais. O povo Dalakh desenvolveu ao longo da república um forte ufanismo, que encontrava perfeita justificativa no afastamento a que os governos do continente continuavam submetendo a república Dalakh.
Para os Dalakh, não importava. Eles se bastavam. Eles eram o povo de Dalaron, os protegidos de Davnia e os protetores das Oranias. A luz da razão e da filosofia estava com eles.
194 a 162 anos atrás: Karioth, Garom-Druath, e a queda da república[]
Chegou um dia em que as Oranias se recusaram a novas previsões. Abandonaram seu posto como conselheiras dos Dalakh, se retiraram a seus templos, e deixaram de receber visitantes. A causa exata, ninguém soube, mas crê-se que elas previram o fim da república, viram que impedir o fim da república seria condenar o mundo a uma nova era de trevas, e optaram por deixá-la se acabar.
Karioth nasceu 194 anos atrás. De origem camponesa, recebeu a mesma instrução do que todas as demais crianças. Porém, os magos da torre de Taranus logo identificaram uma peculiaridade mágica única no menino: ele era imune a magia. Na verdade, ele era imune a qualquer poder sobrenatural.
Karioth foi estudado e acabou por crescer entre os magos de Taranus e os filósofos de Garvandras. Mesmo antes da adolescência, começou a adquirir controle sobre seu dom, e descobriu que podia estender uma aura ao redor de seu corpo na qual nenhum poder sobrenatural poderia tocar.
Quando Karioth tinha 30 anos, Dalakh sofreu um forte ataque de Hyrens, Xyx e Cragnocs. Depois de serem explorados por 300 anos, os seres mágicos das ilhas Dalakh estavam se revoltando contra a civilização.
Karioth se alistou no exército e foi enviado, como comandante, com várias outras unidades militares para combater os seres.
Sua unidade foi dizimada e ele foi capturado. Foi levado então a Garom-Druath
Garom-Druath era um hyren de mais de três mil anos. Habitava as profundezas de uma caverna inexplorada na ilha, e dormia por períodos de 700 anos. Sempre que acordava, lutava contra Daragoth, dizimava vários de seus demônios, e, cansado, se recolhia novamente para dormir. Era um ciclo de guerras entre os dois seres que os humanos haviam quebrado com sua chegada.
Garom-Druath era o líder por trás dos seres míticos de Dalakh. Seu objetivo era expulsar os humanos intrusos de sua casa, e restaurar o poder mágico das ilhas que eles profanaram com tanta competência.
Teria acabado com Karioth assim que o encontrou, mas mesmo seu fogo não machucou o garoto. Isso intrigou o hyren, e ele o deixou vivo para estudá-lo. Karioth, que havia sido treinado em diplomacia pelos Taranus, convenceu Garom-Druath a voltar à capital de Achnaram para servir como seu porta-voz.
Garom-Druath aceitou, mas com uma condição: que ele provasse que poderia ser confiado. Ele pediu a Karioth uma explicação das defesas mágicas da torre Taranus.
Karioth não teve opção a não ser dar-lhe o que ele queria. Com esse conhecimento, Garom-Druath comandou pessoalmente um ataque à torre, e acabou, 65 anos atrás, com um dos maiores centros de estudos mágicos do mundo.
Só então ele libertou Karioth.
Karioth voltou à capital e explicou a situação aos governantes, prudentemente omitindo o fato de ter traído a torre de Taranus. Um conselho foi formado para lidar com a ameaça, mas logo todos concluíram que Garom-Druath era poderoso demais mesmo para todo o exército Dalakh e todos os magos que restavam da torre.
Apelaram, então, para as Oranias, mas elas continuavam reclusas. Karioth tentou várias vezes entrar em seu templo, mas foi barrado pelos guardas. Resolveu, então, se infiltrar no local durante a noite.
Quando chegou às Oranias, e finalmente pôde conversar com elas, descobriu algo estarrecedor. As Oranias não podiam vê-lo! Ele era invisível para elas.
Recordou-se, então, de seu encontro com Garom-Druath – o hyren nunca parecia olhá-lo diretamente, algo que Karioth atribuiu a uma elevada arrogância, mas nada demais. A verdade, porém, poderia ser outra. Nenhum ser mágico poderia vê-lo. Isso explicaria como ele pôde andar incólume por toda a guarda que Garom-Druath tinha a seu redor.
Karioth voltou à capital com uma proposta: “Eu vou matar Garom-Druath!”
Voltou tarde demais. A cidade estava sendo atacada. Garom-Druath usou o tempo em que Karioth estava tentando conversar com as Oranias para realizar um ataque devastador em Achnaram.
No meio do caos da batalha, Karioth pegou a espada dos antigos imperadores de Dalakh e atacou Garom-Druath, sozinho.
O hyren não soube ao certo o que o estava atingindo. A luta foi vista, no céu, por toda a cidade. Karioth atacou Garom-Druath incessantemente. Forçou-o a pousar no chão. O sangue do hyren se espalhou pelas ruas de Achnaram e tornou cada pedra rubra.
Mas Garom-Druath era maior, bem mais antigo. Por fim, pegou Karioth em suas mãos, e o engoliu.
O que aconteceu depois, ninguém conseguiu explicar ao certo. O monstro convulsionou, se contorceu de dor, soltou um urro que foi ouvido por todas as ilhas, que enlouqueceu todas as criaturas sobre seu comando. Retesou cada músculo, e se transformou em pedra. Uma estátua que até hoje pode ser vista na praça central de Achnaram.
As forças mágicas de Garom-Druath, livres de sua influência, perderam também grande parte de sua iniciativa, e se recolheram às profundezas das florestas e montanhas. Conforme o tempo foi passando, os avistamentos de monstros tornaram-se cada vez mais raros, até, enfim, cessarem completamente.
A república havia terminado, mas de suas cinzas um novo império surgiu. Um descendente do antigo imperador Galaroth usou de sua influência militar para unificar as famílias e pôr um fim definitivo às guerras
hoje: As ilhas Dalakh[]
Desde então, o novo império Dalakh têm crescido e sua influência se expandido como nunca. Os monstros mágicos cessaram quase por completo suas aparições, tornando-se pouco mais do que um inconveniente. O império, centralizado, se viu diante de uma era de paz nunca antes vista: terrenos outrora selvagens foram colonizados, as cidades puderam se expandir e terras foram cultivadas em massa. A abundância de comida colocou as ilhas Dalakh em uma posição auto-suficiente que apenas fortaleceu sua xenofobia natural.
Desde a queda de Garom-Druath, não apenas os monstros desapareceram, mas também as pessoas com habilidade para a magia. A restauração do império não foi acompanhada da restauração da magia, e a ocorrência de pessoas que têm capacidade para comandar as forças mágicas tornou-se quase inexistente.
Hoje, as ilhas Dalakh são um centro de filosofia e cultura, o império centralizado controla as famílias e clãs com mão de ferro e distribui a comida produzida de forma a evitar ao máximo o incontentamento popular. As ilhas estão em sua fase áurea, e poucos se preocupam com a inexistência de magos, ou com as aparições cada vez mais raras das Oranias...